segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Contaminação na Costa do Marfim por Lixo Tóxico

Uma empresa multinacional de comércio de petróleo anunciou neste domingo um acordo para pagar compensação financeira a milhares de pessoas na Costa do Marfim que dizem ter ficado doentes por causa de lixo tóxico despejado na capital do país, Abdijan, em 2006. A empresa Trafigura, que tem escritórios em Londres, Amsterdã e Genebra, diz que 30 mil pessoas receberão cada uma o equivalente a R$ 2,7 mil.
O pagamento, num total de US$ 45 milhões (cerca de R$ 82 milhões), será feito em adição aos quase US$ 200 milhões (cerca de R$ 363 milhões) que a companhia pagou ao governo da Costa do Marfim em 2007.
A Trafigura e os advogados dos autores da ação concordaram que não ficou provada uma ligação entre o lixo despejado e mortes. Um comunicado conjunto da empresa e dos advogados britânicos que representam os marfinenses diz que no máximo o lixo provocou sintomas semelhantes ao da gripe.
Sintomas O lixo químico foi gerado pela Trafigura e transportado em um navio para a Costa do Marfim. Em agosto de 2006, caminhões despejaram os dejetos em 15 locais em torno de Abdijan, a maior cidade do país.
Nas semanas que se seguiram ao despejo do lixo, dezenas de milhares de pessoas relataram uma série de sintomas parecidos, incluindo problemas respiratórios, vômitos e diarreia. Na última quarta-feira, um relatório das Nações Unidas sugeriu que há uma forte ligação entre pelo menos 15 mortes e o despejo do lixo tóxico.
O relatório disse que há "uma evidência primária forte de que as mortes e as consequências de saúde adversas relatadas estão relacionadas ao despejo do lixo".
A Trafigura classificou o relatório da ONU como prematuro e errado. "Estamos abismados com a falta básica de balanço e de rigor analítico refletida no relatório", diz o comunicado da empresa.
Empresa contratadaA Trafigura sempre insistiu que não era responsável pelo despejo do lixo, já que ele havia sido transportado por uma outra empresa contratada para isso.
A multinacional também nega que os dejetos - resíduos de gasolina misturados com lavagens cáusticas - poderiam ter provocado os problemas de saúde sérios que os marfinenses alegam, que incluem queimaduras de pele, sangramento e problemas respiratórios.
Em 2007, a empresa concordou em pagar quase US$ 200 milhões ao governo da Costa do Marfim para "compensar as vítimas", entre outras coisas.
O fundo administrado pelo governo pagou compensações às famílias de 16 pessoas cujas mortes eles acreditavam que haviam sido causadas pelo lixo tóxico.

Fonte Consultoria em Transporte de Produtos Perigosos
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